Na qualidade de associado n.º 1 da ANJB, pediram-me que, de alguma forma, assinalasse os 20 anos da nossa Associação, “nascida” a 16 de Agosto de 1990, por iniciativa de José Araújo, José Nina e de mim próprio.
O que se poderá dizer, muito resumidamente, é que a ANJB, pese embora alguns “acidentes” de percurso, é e será sempre, se os juizes quiserem, um baluarte da Arbitragem Nacional, um marco decisivo na defesa dos interesses de árbitros, comissários técnicos e oficiais de mesa, que muitas vezes não dão o devido valor à importância da Associação e à dedicação que muitos nossos colegas foram prestando, ao longo dos anos, ao serviço da ANJB. Como em tudo na vida, nem todos se empenham, é certo, mas têm sido vários ao longo de 20 anos a dar muito de si próprios...
Em meu entender, há que saber distinguir entre associativismo e corporativismo, pois este último será sempre pernicioso, se significar a mera defesa dos interesses de uma classe, sem perceber todo o envolvimento que gira à sua volta e sem contribuir para desejados consensos, que sejam equilibrados, justos e que sirvam parcialmente todas as partes.
A ANJB foi igualmente criada para desenvolver uma vertente de formação, que é muito importante, desde que articulada com as entidades institucionais do sector, sendo que o Clinic Internacional e o Clinic Jovem já são eventos com lugar seguro no Calendário Nacional Anual do Basquetebol. Por alguma razão...
Pena que muitos juizes não acreditem na Associação e não entendam que a mesma os pode servir muito positivamente.
Bom seria que se tornasse possÃvel evoluir um dia para uma situação em que todos os juizes pudessem e devessem ser associados da ANJB, com uma quota anual meramente simbólica, pelo menos para os mais jovens e de categorias inferiores, mas que os fizesse à partida, no momento da sua inscrição como juizes, parte integrante da Associação, dando-lhe assim toda a representatividade que ela merece...
Em dia de aniversário, aqui fica o desejo e o desafio!
Rui Valente
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